CASACO TRIBO - o primo do Woodstock

 O Casaco Tribo foi pensado como versão primavera/verão do Casaco Woodstock, que fiz em 2023 a partir de uma técnica de crochet hexagonal e inspirado no movimento hippie dos anos 60/70. Encontram o modelo e as instruções do Casaco Woodstock na Etsy fazbemaosolhos.

O Casaco Tribo segue a linha do anterior, embora com algumas diferenças no design como a substituição dos tradicionais granny squares por um padrão ondas, também muito usado nas peças de crochet daquela época. Outra grande mudança são as cores escolhidas para este novo design, que se encaixam dentro de uma paleta de tons mais suaves, contudo não menos contrastantes. Cores que respondem às tendências desta estação primavera/verão 2024, conjugadas de forma a criar uma “mancha” que nos faz bem aos olhos.

As instruções para fazer o Casaco Tribo estão disponíveis na Etsy num pdf com 15 páginas de dicas, vídeos, receitas, desenhos, gráficos, tabelas e tudo o que precisam para fazerem a vossa peça. 

Este meu protótipo foi feito com o fio Cotton 'n' Wool da Anchor/Mez Crafts mas nas instruções encontram as metragens usadas por cada cor para que possam usar o fio que pretenderem, desde que de espessura "fina", para agulhas 3,5/4

A medida deste PDF é a S/M ou 36/38

AQUI conseguem encontrar mais especificações e fotos do bonito Casaco Tribo.


O novo modelo fazbemaosolhos enche-me as medidas!!! Gosto tanto do que fiz e confesso que é daquelas situações em que o resultado final acabou por superar as minhas expectativas. O efeito dos dois padrões principais (ponto granny e as ondas ), que tinha a certeza de querer misturar, casam na perfeição, assim como o desenho do tecido no seu todo, com a bonita e diferente paleta de cores. Digo diferente porque os meus olhos sentem-se sempre atraídos por cores mais fortes, mas ultimamente a Mez Crafts estendeu-me alguns desafios e um deles é o uso dos tons "soft", os chamados pastel, que, apesar de não serem a minha praia, têm contribuído para a criação de paletas fazbemaosolhos fora da caixa com finais muito felizes 😊

Outra peça que criei para a Mez Crafts, o primeiro design que fiz para a marca, aliás, foi a Camisola Aguarela, ou a Watercolour puff sleeves como a Mez lhe chamou. Já a conhecem? 


Bonita, não é? muito primaveril. A lembrar os modelos de crochet mais clássicos, com um toque vintage dado pelas mangas franzidas num efeito balão, um cós alto feito com um padrão ondulado, com uma paleta de cores românticas, leves e serenas, a fazer  lembrar os passeios por paisagens campestres. Foi assim que a imaginei. Este design foi trabalhado com pontos fantasia e várias mudanças de cor, mas é de execução muito simples. Encontram o pdf com as instruções gratuito no site da Mez Crafts

 Foi feito com o Cotton'n'Linnen da Anchor. Algodão e linho trabalhado com agulha nr.4. 


Como dou o nome às peças que desenho? dar nomes às peças pode ser um grande desafio. Não atiro uma série de nomes ao ar para escolher o que cai em cima da mesa, para mim os nomes têm de fazer sentido e por isso nunca surgem ao acaso, o que por vezes é frustrante porque nem sempre a inspiração é divina. 

No caso da Watercolour foi simples, as cores só me faziam lembrar aguarelas e paisagens de romantismo campestre. Foi daqueles nomes que mal comecei a dar corpo ao desenho imaginado  surgiu com toda a certeza. 

O Casaco Woodstock (que inspirou este último modelo - o Casaco Tribo) também me surgiu o nome enquanto o executava. As cores fortes, o modelo, as flores, e até a espessura do fio, tudo me remetia para o movimento hippie e tendo sido o lendário Festival Woodstock o evento de grande expressão da era da contracultura, lá está, a partir do momento em que pensei nesse nome, mais nenhum faria sentido. 

No caso específico do Casaco Tribo, cujo nome gostava que fosse uma extensão do Casaco Woodstock, e sendo o primeiro o nome do lendário festival de música, foquei-me em festivais. Não foi tão óbvio como os anteriores, demorei até chegar a um nome que achasse interessante e fizesse sentido. Criei uma lista e, por exclusão, fui emagrecendo essa lista até concluir que só um faria sentido. Vejamos. Comecei por uma evidência – a música e a forma de vestir sempre estiveram ligadas. Os festivais de música são locais de identidade de estilo e não só do tipo de música que se quer ouvir. As pessoas são atraídas para os festivais pelos seus gostos musicais, sem dúvida, mas a esses gostos estão associados outros fatores como as tendências, formas de ser e de estar. Podia referir uma série de festivais e com certeza que ao pensarmos nos seus públicos associaríamos diferentes tendências e formas de estar que variam conforme os géneros musicais e os ambientes proporcionados. Portanto, não restam dúvidas de que os festivais são feitos de tribos. Fiquei convencida com a lógica e depois de pensar no nome Tribo mais nenhum fez sentido e penso que responde perfeitamente à minha vontade de dar a este modelo um nome que fosse uma extensão do primeiro.

Agora venho aqui só de vez em quando, mas venho. Sei que desse lado estão resistentes e persistentes, bem hajam!

E se fizerem algum dos modelos fazbemaosolhos não hesitem em enviar-me fotos para eu os ver e partilhar. Ah, e caso os partilhem nas redes sociais nunca se esqueçam de identificar o fazbemaosolhos ;) 

Até já!


Ana Lado B



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