Uma manta, outra manta e... outra manta

Olá! nestes últimos tempos sempre que aqui venho é uma festa 😄

A questão é que fiquei sem computador durante uns tempos, o coitado teve de ir ao médico. Andava eu a aborrecer-me com impossibilidades de utilização de algumas plataformas, inclusive a da blogger, à qual pertence o fazbemaosolhos, e afinal o problema estava no próprio computador. Embora ainda haja questões técnicas por resolver, como o facto dos ícones das redes sociais terem desaparecido do blog, que estão a ser tratadas por quem entende do assunto, a boa notícia é que o meu velhinho laptop regressou às minhas mãos como novo, o que me permite voltar às publicações. Portanto, aqui estou eu a regressar com a certeza que a partir de agora conseguirei manter mais regularidade por aqui. Com todas estas peripécias técnicas, entre outras que sucederam ao longo deste ano, algumas partilhadas aqui convosco, o facto é que este foi o ano em que menos publiquei no blog. Com todas as atribulações adiei publicações, ideias e matérias que me interessam desenvolver por aqui... com certeza que não é a primeira nem será a última vez que tal acontece, a questão de não conseguir cumprir com o plano pensado para o Lado B durante o ano, contudo darei o meu melhor para conseguir conquistar mais uma ou outra etapa. Um dia de cada vez, afinal de contas é mesmo o lema da actualidade, mas incomoda-me. Enquanto no nosso léxico persistirem as palavras vaga, higienização, álcoól gel, etiqueta respiratória, distanciamento, recolher obrigatório ou estado de emergência,  fico impedida da liberdade de poder gerir o meu tempo, ideias e vontades como bem entendo, obrigando os planos, inclusive trabalho, a ficarem relegados constantemente para depois. Falo na primeira pessoa, mas sei ser um sentimento colectivo. Só queremos que isto passe para podermos voltar à vida tal como gostamos de a viver. 

A publicação de hoje será dedicada às belas mantas que ando a fazer. Desculpem a adjectivação, não quero influenciar-vos, mas os meus olhos já se apaixonaram por elas 💗

Começo pela minha nova manta em granny squares, Tombola de seu nome, um design da  autoria de Maria Gullberg, designer sueca que se inspira na tradição têxtil popular para criar padrões contemporâneos. Tenho um dos seus livros "Granny Squares Contemporâneos" donde retirei o padrão desta maravilhosa manta. Contudo, mudei qualquer coisa, não no desenho, obviamente, mas na escolha dos materiais. Em vez de usar um fio para agulha nr.2,5 tal como Maria Gullberg propõe, usei uma lã para agulha nr.7 e escolhi outra paleta de cores, apenas porque me apeteceu juntá-las e criar um efeito, até porque as cores propostas pela autora são muito bonitas. Aborrece-me que a foto não consiga reproduzir o azul tal e qual como ele é, um azul marinho, mais escuro do que se apresenta nas fotos, azuis são difíceis de fotografar, sabemos que sim, e a fotógrafa é o que é...




Os meus olhos estão encantados com esta maravilha. Falta apenas rematar todas as pontas, tarefa que deixo sempre para o fim, não por preguiça (embora seja uma verdadeira seca!) mas porque caso me veja obrigada a desmanchar por ter detectado algum erro, se tiver as pontas por rematar torna-se muito mais simples, e rematadas na maioria das vezes não haverá volta a dar. É essa a razão pela qual remato pontas só quando finalizo os projectos. 



Agora outra muito diferente e muito colorida, que iniciei em Março, dias antes de ter sido decretado o primeiro confinamento. Estes hexágonos na altura ajudaram o tempo a passar mais depressa e sempre trouxeram algum colorido à vida, confesso.  Daqui sairá uma manta bem ao estilo dos modelos dos anos 60 e 70, onde os tons escuros contrastavam com cores que irradiavam luz, garridas. Os meus olhos adoram o efeito do conjunto destas cores.



Para a ter pronta falta coser os vinte e quatro hexágonos mais os quatro meio hexágonos uns aos outros,  depois criar uma barra de remate à volta da manta. Hoje só vos mostro um de cada hexágono que formam a manta, mais não mostro porque vos quero surpreender noutra publicação com o resultado final. 

Por último mostro-vos uma outra que finalizei recentemente, cujo design já não é novidade por aqui, embora esta nova versão já salte para outro tipo de cores e contrastes dos criados anteriormente. Refiro-me às minhas mantas White Moutains, um modelo que criei em 2017. Entre oferecer e vender, fiz muitas, sempre com cores diferentes, apenas mantinha o branco das montanhas, daí o nome. Podem ver as originais aqui e aqui. Mas nesta última que fiz, como podem reparar, as montanhas mudaram de cor, apeteceu-me tirar o branco das paletas de cor e partir para outros contrastes. Conclusão, ando a repensar o nome do modelo, ainda não cheguei a conclusões mas há-de surgir.



Aqui, no meu spot favorito cá de casa, tem a melhor luz

Aqui, na minha sala de trabalho

Com esta manta vem uma notícia, vou lançar o pdf deste modelo para que possam fazer as vossas "white mountains" que até lá terão outro nome. Ora bem, é uma quase notícia porque só será notícia na altura do lançamento, obviamente. Mas está por escassos meses, aliás tenho já uma data pensada, posso adiantar que é mesmo no início do próximo ano.  Ando a trabalhar no pdf há séculos, literalmente, devido à gestão do meu tempo com outras prioridades, certo, mas principalmente porque quero lançar algo que prime pelo rigor. Eu não sei se desse lado sabem o trabalho que dá escrever uma receita (instruções), é um trabalho que requer muito tempo, concentração, muitas imagens, escrita eficaz, detalhes e muita paciência, sim, implica fazer, desmanchar e refazer as vezes que forem necessárias até se atingir o pretendido. Olha, resiliência, mais uma palavra que anda por aí neste novo normal e que se aplica muito bem a este tipo de projectos. 

Hoje mostrei-vos os padrões das minhas três mantas mais recentes. Uma desenhada por uma autora têxtil sueca, outra inspirada nas mantas dos anos 60 e 70 do século passado e ainda outra desenhada por mim. Todas muito diferentes, em desenho e cores, mas todas muito contemporâneas, capazes de habitar o nosso dia-a-dia ajudando a alegrar o ambiente das nossas casas com muita cor e conforto, certamente. 

Espero ter-vos inspirado a pegar em novelos e agulhas. Estamos em fase de restrições, sempre podem aproveitar melhor o tempo que estão em casa e dedicarem-se um pouco aos trabalhos manuais, que são grandes catalisadores de ansiedade e produtores de bem-estar. 



 Até já! 
 Ana Lado B

5 comentários

  1. Isto é que é uma produção ... e bem colorida! Faz mesmo bem aos olhos.
    Obrigada pela partilha.
    Beijinhos.

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    1. É sempre a abrir! non stop! eheheheh
      Muito obrigada, Maria José ;)

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  2. Olá Ana, cada uma mais bonita que outra. Origens e abordagens diferentes, mas todas com o carinho que colocas em todos os teus trabalhos. Nem consigo imaginar a tarefa que é escrever uma receita! tudo isto no blog envolve muito tempo e dedicação. Beijinho grande, bom fim de semana.

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    1. Ui, muito trabalhinho no que respeita a escrever instruções, a páginas tantas já se trocam os olhos, há que largar, dar algum tempo e regressar com o dobro da atenção. Mas é a tal questão, quem corre por gosto...
      Val, já viste que a manta "white mountains", a desenhada por mim, tu conheces bem, mas com outras cores e a que tu conheces tem mesmo montanhas brancas :)

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  3. Reparei logo na White Mountains e seu novo colorido! bjinho

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Obrigada pelas palavras!
Thank you for your words!